terça-feira, 9 de outubro de 2007

Por que temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?

Os meios de comunicação e as tecnologias de informação são componentes cada vez mais presentes na vida cotidiana. Uma significativa porção das nossas atividades diárias é dedicada simplesmente a nos comunicar com o resto do mundo e a alimentação é mais uma variante daquilo que podemos comunicar. Esta necessidade básica existe desde os primórdios e cada vez mais assume uma posição de relevo na sociedade.
Partilhamos informação acerca daquilo que comemos por questões de saúde? Ou será uma mera preocupação com a nossa imagem estética? E as campanhas publicitárias? Será que elas não ocupam também uma posição de domínio?
A alimentação é mais que uma necessidade biológica; é um complexo sistema que se materializa em hábitos, ritos e costumes, marcados por uma inegável relação com o poder. As regulamentações alimentares estão presentes na distinção social através do gosto, na construção dos papéis sexuais e das identidades étnicas, nacionais e regionais, e também nas crenças religiosas. A comida, além de necessidade, é também fonte de prazer e expressão dos desejos humanos.
Todos sabem que a propaganda de alimentos influencia o hábito alimentar de crianças, adolescentes e da população em geral. Normalmente, o que é veiculado através da televisão e até outros meios de comunicação são propagandas de alimentos com alto valor energético e quantidades também elevadas de gordura, açúcar e sal.
No Brasil, adolescentes passam cerca de cinco horas por dia diante da TV. E uma exposição de apenas 30 segundos a comerciais de alimentos é capaz de influenciar a escolha de crianças a determinado produto.

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