quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Alimentação: aspecto funcional e sócio-cultural
As relações entre alimentação e sua funcionalidade, comportamento alimentar e sociedade já foram questionadas de várias maneiras.
A alimentação é essencial para a vida. Os alimentos, da mesma forma em que são responsáveis pela oferta de energia necessária para o crescimento, atividade física e funções básicas do organismo, também nos oferece componentes essenciais para construir e manter o corpo saudável assim como prevenir contra doenças e infecções. No entanto, sabe-se que buscar, escolher, consumir e/ou não consumir alimentos são decisões que, muitas vezes, não estão relacionadas com os aspectos funcionais dos diversos alimentos que compõem nossos hábitos alimentares, mas, diretamente ligadas a regras sociais estabelecidas culturalmente. Nesse sentido, a alimentação é impregnada de significados. As práticas alimentares são práticas sociais arraigadas à cultura e que, certamente, influenciam as escolhas.
O comportamento alimentar não deve ser encarado, apenas, como o conjunto de práticas observadas num âmbito qualitativo e quantitativo, mas inserido nas suas dimensões socioculturais e psicológicas. Significa dizer que o comportamento alimentar está ligado ao lugar, à forma, à periodicidade e às relações sociais (onde, como, quando e na companhia de quem comemos).
Diferentes posições sociais indicam variações de estilos de vida. O gosto, escolhas e preferências dos indivíduos, aparentemente voluntárias, são construídos como sinais da posição social, status e de distinção. Assim, o estilo de vida guarda estreita relação com a posição social e reflete-se na opção pelo tipo de alimentação e padrões estéticos.

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